Recursos da Khan Academy ajudam professores com atividades na plataforma para retomar o desenvolvimento dos alunos
Com as incertezas do retorno presencial das escolas durante a pandemia, o país enfrenta uma das mais difíceis crises na educação básica. Fatores como a dificuldade de planejamento para o ensino híbrido e a falta de estrutura e de acesso à internet, tornam o contexto desafiador não apenas para professores mas principalmente para alunos, sujeitos a lacunas cada vez maiores na aprendizagem.
Em pesquisa realizada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, durante a pandemia, 18% do total de alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública não receberam nenhum tipo de atividade, seja por meio eletrônico ou impresso. Igualmente preocupante, 42% dos estudantes não possuíam acessos nos domicílios para uma educação não presencial. Neste cenário, torna-se fundamental, criar estratégias de recuperação curricular considerando os impactos do fechamento das escolas e identificar o nível de aprendizagem dos alunos, desenvolvendo planos de estudo individualizados e de acompanhamento de turmas heterogêneas.
As plataformas de aprendizagem online como a Khan Academy, oferecem recursos que podem ajudar professores e escolas nessa tarefa. A Khan disponibiliza relatórios gerenciais que permitem ao professor avaliar o nível de aprendizagem da turma para diferenciar o ensino e personalizar as atividades de acordo com as necessidades de cada estudante.
“A plataforma dispõe de vários relatórios gerenciais em que percebemos quais são os alunos que estão com dificuldades em determinados assuntos. Dessa forma, podemos fazer uma intervenção mediante recomendações de atividades e revisão”, explica o professor Daniel Luiz, da EMEF Professora Dalva Fogaça, localizada em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
Os relatórios de uso disponíveis para qualquer professor na Khan Academy mostram os conteúdos aprendidos, o tempo dedicado para aprendizagem e o estágio de domínio das habilidades de cada aluno da classe. Assim, é possível intervir com as ações necessárias para ajudar nas atividades em que o aluno teve dificuldades para avançar.
“Nem todos estão no mesmo nível. Então dentro das dificuldades que eles apresentam, nós trabalhamos de maneira conjunta e específica”, ressalta a professora Lucia Aparecida, da Escola Irmã Tecla Merlo, em Osasco, SP.
De forma análoga, o educador também preserva a autonomia para atuar conforme a abordagem preferida. O professor de matemática Adilson Nogueira, que leciona na EMEF Agenor Lino de Mattos, em Barueri, Grande São Paulo, procura sempre descobrir o motivo pelo qual o aluno não resolveu os exercícios ou não chegou até o final da atividade. “Quando um aluno meu não consegue fazer a lição, eu imediatamente procuro entender os motivos. Esse processo é fundamental para preencher as lacunas”, informa.
Além dos relatórios de uso da plataforma, os professores contam com conteúdos alinhados à BNCC para dar suporte aos planos de aula conforme o planejamento curricular da rede. O exemplo mais recente são os cursos Prepare-se lançados no final de 2020 e construídos com base nos mapas de foco do Itaú Social e do Instituto Reúna, especificamente para ajudar na revisão de habilidades de matemática dos Ensinos Fundamental e Médio. Todos os recursos e conteúdos são gratuitos e estão disponíveis através do site da Khan Academy.
*Conteúdo também publicado pelo Educador21
