Cinco maneiras de incentivar a criatividade em suas aulas de ciências

fundo verde e uma figura de uma menina sorridente com elementos ao lado de ciências

Quando você pensa sobre isso, a ciência é um campo inerentemente criativo. Não se trata apenas de fatos, números, regras e equações. Ela é impulsionada pela curiosidade e alimentada pela imaginação humana!

Durante milênios, desde a descoberta do sistema solar até o estudo da medicina moderna, o conhecimento científico tem avançado através de indivíduos criativos que ousaram pensar sobre o mundo ao seu redor de maneiras que ninguém havia pensado antes (e que, claro, realizaram pesquisas rigorosas).

No entanto, a criatividade nem sempre é priorizada no ensino de ciências, em que o tempo disponível em sala de aula muitas vezes é preenchido com o ensino dos currículos municipais ou estaduais. 

Então, como podemos, como professores ocupados, incentivar o pensamento criativo e aproveitar a curiosidade inata dos alunos ao longo do caminho? Aqui estão algumas dicas úteis:

1. Torne isso relacionável.

Quer você esteja explicando estruturas microscópicas, como o átomo, ou explorando ideias complexas, como as leis da física, os conceitos científicos podem parecer um pouco abstratos. 

Então, para ajudar os alunos a compreender — e se empolgarem com — um tópico, dê um passo para fora da teoria e ofereça aplicações da vida real.

Já perceberam como a água forma gotas nas janelas em um dia de chuva ou pinga da torneira em gotículas? Por que isso acontece? 

Usar fenômenos observáveis e relacionáveis (estamos falando das forças intermoleculares) é uma excelente maneira de engajar os alunos na ciência e despertar sua curiosidade sobre o mundo ao seu redor.

2. Faça experimentos. 

uma mulher e uma criança fazem experimentos de ciências, com líquidos coloridos. Estão vestindo blusa branca em um fundo branco.

A parte prática das aulas de ciências enriquecem o aprendizado e estimula a criatividade e o conhecimento.

De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (em inglês), pesquisas mostram que, quando os alunos experienciam fisicamente os conceitos científicos, eles os compreendem de maneira mais profunda. 

Embora palestras e livros didáticos funcionem para algumas mentes jovens, experiências interativas e práticas são fundamentais para o engajamento de muitos outros. 

Ao fazer a transição de aprender ciências para fazer e criar experimentos, você pode ajudar a estimular os poderes de observação dos alunos, engajar suas mentes ativando suas mãos e explorar sua imaginação. 

E ao dar vida à ciência na sala de aula, você pode até inspirá-los a aplicar observação e curiosidade fora da aula de ciências também.

3. Escreva e desenhe

A arte e a ciência são frequentemente vistas como campos de estudo mutuamente exclusivos, regidos por processos mentais diferentes e até mesmo por hemisférios diferentes do cérebro. 

Mas, na realidade, a criatividade é tão importante para a descoberta científica quanto o pensamento lógico e analítico — e é uma habilidade que qualquer aluno pode cultivar. 

Uma maneira de incentivar essa prática na aula de ciências é incorporar escrita e desenho nos planos de aula. Peça aos alunos para escreverem livremente sobre suas previsões e registrarem suas observações. 

Peça para criarem gráficos informativos e desenhos que explicam o que aprenderam. A expressão artística pode ajudar os alunos a acessar sua criatividade e também é uma habilidade útil para futuras carreiras científicas. 

Cientistas trabalham escrevendo e desenhando regularmente para comunicar suas descobertas.

4. Faça perguntas abertas. 

Embora entender profundamente os conceitos científicos seja importante, o foco no que sabemos (em vez de no que não sabemos) pode dar a impressão de que a criatividade não tem lugar na aula de ciências. 

Fazer perguntas abertas pode ajudar a ensinar aos alunos que a ciência é um processo, bem como um corpo de conhecimento. 

“O que você acha que vai acontecer?” “Como o resultado foi diferente do que você esperava?” 

Quando você faz perguntas que não têm uma resposta correta, incentiva a criatividade, a resolução de problemas e o pensamento profundo.

5. Crie um ambiente onde os erros sejam bem-vindos.

mulher ensina alunos crianças sobre ciências. Estão em uma sala de aula, com desenhos colados na parede ao lado de uma TV. Os alunos estão sentados, com folhas nas mesas enquanto a professora está de pé, orientando sobre a aula.

Acolher os erros e unir os alunos nas aulas de ciências fará toda diferença em seu aprendizado.

Todos cometem erros. Basta olhar para os antigos cientistas que acreditavam que a Terra era o centro do universo ou para os químicos que pensavam que o fogo era causado por um elemento chamado flogisto. 

As ideias deles podem ter estado erradas, mas eles fizeram o trabalho preliminar para que outros cientistas pudessem explorar diferentes possibilidades. 

Ao fomentar um ambiente de aprendizado criativo, é importante deixar os alunos saberem que cometer erros é perfeitamente aceitável. 

Afinal, é só abraçando a incerteza e explorando ideias novas que podemos descobrir as respostas para os maiores mistérios do mundo. Comece com pequenos passos! 

Em vez de descartar respostas erradas, pergunte aos alunos qual foi o raciocínio por trás delas. Dê uma sugestão e peça para que apresentem três respostas possíveis, mesmo que erradas. Isso pode ajudar a aumentar a compreensão, desenvolver o pensamento crítico e incentivar a criatividade.

Dica extra: Seja um modelo! 

Como professor, você não é apenas uma fonte de informação, mas também um modelo de pensamento criativo. 

O mundo ao nosso redor não é uma série de questões de múltipla escolha, e a aula de ciências também não deveria ser! 

Ao incorporar a criatividade em nossos planos de aula, podemos incentivar os alunos a correr riscos e pensar livremente, engajando-os no processo criativo que é a ciência.