Um processo de ensino-aprendizagem precisa passar por diversas etapas importantes para se tornar efetivo. Dentre elas, estão as formas de análise dos resultados para observar o desempenho dos estudantes e todo seu potencial, como a avaliação diagnóstica.
Avaliar um aluno através de provas ou simulados deixou de ser a principal ferramenta para auxiliar os professores durante a jornada de educação. Atualmente, já existem diferentes formatos e, inclusive, objetivos para a aplicação de sistemas de avaliação educacional.
No geral, são quatro tipos de avaliações utilizadas em instituições de educação básica: formativa, comparativa, somativa e a diagnóstica. Neste texto, abordaremos esta última, explicando o que é a avaliação diagnóstica, para que serve, como aplicá-la e o que fazer com os resultados. Boa leitura!
O que é avaliação diagnóstica?
Uma avaliação diagnóstica é uma ferramenta utilizada nos sistemas educacionais para ponderar de forma assertiva o histórico educacional, necessidades e domínios dos estudantes. Ela foi desenvolvida para ajudar professores a avançarem nos conteúdos com base nos conhecimentos e habilidades que os estudantes já possuem.
Se feita de maneira completa, será possível descobrir informações muito importantes, como o que o estudante tem conhecimento, o que ele deveria saber, mas não sabe e também toda a expectativa de cada um em relação às aulas e ao processo de ensino aprendizagem.
Ao ter conhecimento desses dados, torna-se possível construir melhores processos. Afinal, os educadores conseguem compreender onde cada turma e aluno se encontra no processo de aprendizado e quais são seus maiores desafios e suas limitações.
De maneira geral, a avaliação diagnóstica não é aplicada para avaliar o estudante, mas todo o seu potencial. Os resultados auxiliam no mapeamento das necessidades de adaptação na educação, com o objetivo de atender cada pessoa da melhor forma possível.
Quando ela deve ser aplicada?
É recomendado aplicar a avaliação diagnóstica no começo do ano letivo para que seja possível observar as habilidades e competências dos alunos antes de desenvolver os planos de aula. Assim, torna-se mais fácil construir um processo de ensino-aprendizagem preventivo.
Esta é uma das principais características que diferenciam essa forma de avaliação de outras, as quais testam os conhecimentos dos estudantes após o período letivo. Ou seja, aplicando no começo do ano, os educadores conseguem analisar as melhores formas de garantir que os conteúdos serão aprendidos por todos de maneira eficaz.
Uma outra grande dica para aplicação efetiva da avaliação diagnóstica, é retomá-la depois de alguns meses ou no meio do ano letivo. O objetivo dessa segunda parte é reavaliar e identificar problemas de análise que podem ter passado despercebidos durante a primeira, realizando alterações necessárias.
A importância da avaliação diagnóstica
Essa ferramenta traz benefícios para professores, alunos e para todo o sistema institucional. Para garantir uma abordagem efetiva de conteúdo, são necessárias diferentes etapas no processo, e a avaliação diagnóstica possibilita grande parte delas, como o planejamento, escolhas, análises de competências e dificuldades.
Este instrumento ajuda muito no aprimoramento do sistema educacional devido à profundidade de informações que os professores podem coletar durante o diagnóstico. A construção de todo o plano pedagógico pode ser feito de maneira assertiva seguindo modos de estudo e potenciais adquiridos.
A busca por metodologias baseadas nas características dos próprios alunos também ajuda no engajamento. Eles acabam por prestar mais atenção, demonstrar mais interesse e satisfação com os conteúdos passados.
Inclusive, o Conselho Nacional de Educação recomendou a aplicação da avaliação diagnóstica após o retorno das aulas presenciais. O objetivo é analisar o cenário educacional pós ensino remoto durante a quarentena da pandemia do COVID-19. Com esses dados devem ser desenvolvidos planos de aula focando nos pontos fortes e na recuperação das principais dificuldades dos estudantes.
Como pode ser realizada a avaliação diagnóstica?
Vamos conhecer algumas das principais formas de colocar a avaliação em prática. São diversas atividades focadas nos resultados e leitura dos alunos, com o objetivo de traçar seus conhecimentos, habilidades e dificuldades. Vejamos algumas das que podem compor o plano da sua instituição:
Redação escrita
Essa é uma forma prática e muito eficiente para uma avaliação diagnóstica. Afinal, a gramática e todas as suas regras estão presentes na educação básica desde os primeiros anos.
Com a redação, o professor consegue entender quais os níveis de comunicação e escrita, capacidade argumentativa, quais os principais erros que a maioria comete e ainda avaliar a evolução de conhecimento depois de algum tempo através de uma comparação.
Atividades práticas
Através de atividades que envolvem o conhecimento específico de cada área é possível avaliar as turmas. Por exemplo, em uma aula de educação artística, dê um tema geral e peça que todos os alunos se inspirem para fazer algum desenho livre.
Dessa forma, o educador consegue compreender qual o nível de habilidade de cada aluno, dependendo das perguntas que eles podem fazer durante a atividade.
Trabalhos e lição de casa
Pedir tarefas de casa, como lista de exercícios e trabalhos individuais ou em grupo é uma excelente maneira de compreender não só habilidades técnicas, mas também responsabilidades sociais.
Os professores poderão observar as capacidades de cooperação, gestão de tempo e prazos, habilidades de pesquisa, criatividade e muito mais. O ideal é solicitar exercícios que entreguem resultados sobre ambos os pontos, tanto no potencial social quanto educativo.
Interpretação de texto, leitura e debates
Com objetivos similares à redação, avaliar interpretação de texto e leitura é uma forma muito eficaz de compreensão das capacidades dos estudantes. Se juntarmos isso à debates, por exemplo, é possível analisar de forma mais profunda as maneiras que cada aluno se expressa.
A habilidade de reflexão e emissão de opinião deve ser avaliada, pois envolve muitas outras áreas do ensino básico e da vida pessoal.
Dicas para aplicar a avaliação diagnóstica nas escolas
Objetivos claros
O primeiro passo para começar a construir a estratégia de avaliação diagnóstica é saber o que você e a instituição estão buscando – ou seja, quais são as informações que serão analisadas. Depois de listar quais são os objetivos, são definidas quais serão as atividades ou tarefas aplicadas para alcançar tais resultados.
Construa a cultura dentro da instituição
Para o desenvolvimento de um sistema tão importante como a avaliação diagnóstica, é fundamental conversar com colegas e com a diretoria para criar uma cultura mais focada na ferramenta. Conversem entre si para terem certeza que todos saibam o significado, as motivações e os planos pedagógicos.
É necessário um senso de coletividade para que todos os professores possam analisar os resultados, gerando visões mais completas e, consequentemente, facilitando a criação de estratégias de melhoria.
Planos pedagógicos personalizados
Cada pessoa possui dificuldades diferentes e o mesmo acontece com suas necessidades, facilidades e condições. Por isso, é muito importante a personalização do processo de ensino aprendizagem para cada aluno.
Contar com a ajuda de uma plataforma digital inteligente é a maneira mais eficaz de colocar esse planejamento em prática. Na Khan Academy, os professores conseguem identificar as dificuldades de compreensão dos estudantes, personalizar instruções e atender às necessidades de cada um deles, exatamente como a avaliação diagnóstica é descrita!
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Primeiro solucionamos suas dificuldades de compreensão, garantindo total domínio, para depois, acelerar o aprendizado. Chamamos esse processo de aprendizagem para o domínio.
Agora que você já conhece mais sobre a avaliação diagnóstica, sua importância e como aplicá-la, junte-se a Khan Academy para tornar essa mudança ainda mais efetiva!