
Os recursos tecnológicos estão se tornando cada vez mais essenciais para melhorar a qualidade do ensino. Principalmente por conta da pandemia de COVID-19, as instituições precisaram se adequar ao uso de ferramentas digitais a fim de preservar a continuidade dos processos educativos.
E, apesar de muitas delas preservarem os recursos adotados durante o ensino remoto mesmo após a volta do ensino presencial, a falta de acesso e limitações de informação ainda são uma realidade em grande parte das escolas no Brasil.
Abrindo esse tema para debate, separamos algumas informações sobre o impacto das inovações nos formatos de ensino, os desafios que as instituições enfrentam ao modernizar seus processos e algumas dicas de como superá-los.
Acompanhe a seguir!
A inovação e o uso de tecnologias nas escolas
A tecnologia vem avançando na área pedagógica. Plataformas educacionais digitais, softwares de apresentação online e gamificação foram implantados nos sistemas de aulas durante a pandemia. Por demonstrarem bons resultados, eles se mantiveram ativos mesmo com o retorno dos encontros presenciais.
Oferecer complementos dos conteúdos através de ferramentas populares entre as gerações atuais, como celulares, tablets ou notebooks, vem otimizando a atuação dos professores. Afinal, além de tornarem as aulas mais dinâmicas, os temas são oferecidos por recursos que já fazem parte da vida dos estudantes, como a internet.
Utilizar as tecnologias no processo de ensino-aprendizagem permite a democratização da comunicação, trazendo cada vez mais senso social, cultural e experiências profundas para todas as crianças e jovens.
No entanto, esse acesso vem com muitos desafios e, dentre eles, está a limitação da acessibilidade dos recursos tecnológicos, nos fazendo questionar: será que a aprendizagem e seus novos formatos realmente são para todos?
Recursos tecnológicos: a aprendizagem moderna é para todos?

No Brasil, mais de 4,8 milhões de crianças e jovens não têm acesso à internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online 2019, realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Esse número sugere a dificuldade de implementação da proposta de tornar os recursos tecnológicos educacionais mais acessíveis.
Pessoas que possuem uma limitação devido à falta de acesso à internet ou por não terem condições de adquirir um aparelho compatível com os conteúdos online, por exemplo, acabam ficando sujeitas a mais restrições em seu processo de aprendizagem.
O crescimento do uso da tecnologia evidenciou um grande abismo educacional, principalmente no ensino público. Esse abismo pode ser visto tanto na preparação das mentalidades e conhecimentos dos próprios educadores como na infraestrutura necessária para aplicação de formatos diferentes e o baixo acesso das crianças e jovens aos recursos.
Então, é aqui que vem a pergunta, novamente: a aprendizagem moderna é para todos?
Deveria ser. No entanto, ainda é preciso seguir um longo caminho para a reestruturação nesse processo de modernização do setor educacional brasileiro.
A busca por estratégias se mantém, mesmo após a implementação de planos com um menor custo, como as aulas passadas na televisão educativa. Afinal, apesar de ajudarem um pouco, ainda limitam o contato direto entre professor e aluno, coisa que não acontece através de plataformas online e salas virtuais.
Agora, nós vamos dar algumas dicas para superar os desafios da falta de acesso de ferramentas educacionais digitais na educação básica, visto a importância dos meios digitais para o cenário educacional.
Como superar os desafios da falta de estrutura no processo de ensino-aprendizagem?

Ao compreender os desafios que uma escola e seus alunos enfrentam com as inovações implementadas no processo de ensino-aprendizagem, conseguimos avaliar e criar planos de ação a fim de adequarmos o sistema a todos os estudantes.
Um dos primeiros passos é analisar e revisar o Projeto Político Pedagógico da instituição e desenvolver estudos e atividades que contemplem métodos e práticas de inclusão digital. Esse é o passo da conscientização sobre a importância do uso de ferramentas digitais durante o ano letivo.
Além disso, quando falamos sobre a falta de estrutura para implementação de metodologias digitais, trata-se também da mentalidade e conhecimento daqueles que ensinam. Vani Moreira Kenski, autora e mestre e doutora em educação, listou possíveis causas que podem levar projetos envolvendo tecnologias a se tornarem ineficazes. Algumas delas:
- Falta de incentivo das instituições e governo aos professores para formação de conhecimento com novos recursos;
- Falta de conhecimento adequado dos educadores para utilizar as tecnologias em prol da educação;
- Falta de propósito no ensino ao utilizar ferramentas digitais;
- Falta de verba nas escolas para compra, investimento e manutenção dos recursos tecnológicos.
Esses foram somente alguns dos pontos citados pela autora, mas já é possível analisar que os desafios do uso de tecnologia vão além da falta de acesso à internet nos domicílios.
Investimento na formação de professores e educadores
Considerando os aspectos citados por Kenski, podemos destacar a importância e urgência de investimento na capacitação dos professores e educadores quanto ao uso da tecnologia na área pedagógica.
Tanto os profissionais quanto a própria instituição precisam compreender na íntegra não somente a necessidade e as mudanças que os recursos digitais trazem para o ensino, mas também como implementá-los de maneira eficaz. Saber os requisitos básicos, como fazer o melhor uso, seus benefícios e entre outros.
Conscientização dos estudantes
O incentivo e investimento em treinamentos para os educadores é fundamental, mas algumas questões podem ser trabalhadas por eles mesmos para quebrar essa barreira. Observe a realidade dos estudantes e da escola para entender quais são os limites de acesso e o conhecimento que a maioria tem sobre métodos de ensino digital.
Construa suas estratégias e planos de aula conforme essa realidade. Explique para os alunos o objetivo de estarem utilizando uma nova plataforma educacional digital, por exemplo. Faça treinamentos em sala de aula, promova exercícios em conjunto e trabalhe a cooperação entre os próprios estudantes.
Busque por programas de incentivo

O governo e o Ministério da Educação desenvolveram alguns programas de incentivo à tecnologia para a educação básica. Muitos destes programas aceleraram e cresceram após a última pandemia, mas ainda estão em vigor.
O Programa de Inovação ‘Educação Conectada do Ministério da Educação’, por exemplo, tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso de tecnologia digital na educação básica.
O conhecimento é essencial, mas as escolas também precisam da instalação de alguns itens básicos para o incentivo ao aprendizado digital. Por isso, esse tipo de incentivo público é essencial para muitas escolas brasileiras.
Utilize plataformas educacionais digitais gratuitas
Existem algumas plataformas educacionais digitais ótimas para serem apresentadas aos alunos e serem trabalhadas em conjunto em sala de aula, caso nem todos tenham o privilégio do acesso em casa.
Conheça a Khan Academy, uma plataforma educacional gratuita que possui conteúdos de alta qualidade alinhados à BNCC! Somos uma organização sem fins lucrativos com a missão de oferecer uma educação gratuita de alta qualidade para qualquer pessoa, em qualquer lugar.
Nossa plataforma é uma forma eficiente de dar os primeiros passos para a digitalização do processo de ensino. E, além de tudo, temos uma área completa para a capacitação dos professores, na qual eles poderão aprender as melhores formas de implementar a tecnologia na vida acadêmica dos seus alunos.
Essas dicas ajudam na jornada inicial e apontam para uma direção certa quando falamos dos desafios de inserir recursos tecnológicos em sala de aula. No entanto, investimentos adequados, tempo de qualidade e conscientização ainda precisam ser muito trabalhados para alcançarmos uma democratização da tecnologia no setor educacional.
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