Muitos problemas sociais e econômicos estão sendo enfrentados por toda a população, principalmente nos últimos anos como consequência da pandemia do COVID-19.
Dentre eles, uma situação preocupante que tem causado bastante alarde público é o aumento da evasão escolar: estudantes de diversas idades tiveram dificuldade em manter os estudos em suas instituições de ensino.
Para se ter uma noção, de acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em novembro de 2020, cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes estavam sem acesso à educação.
Apesar do contexto preocupante, é possível ajudar a diminuir esse quadro, com iniciativas de inclusão e um trabalho de retenção dos alunos que ainda frequentam a escola.
Mas primeiro, é preciso entender mais a fundo o que vem causando a evasão escolar dos jovens e quais são suas consequências. Confira a seguir!
O que é evasão escolar?
A evasão escolar é caracterizada por alunos que deixam de dar continuidade a seus estudos. Ela atinge todos os níveis de ensino, desde a infância até o ensino superior, e suas causas são variadas, como veremos adiante.
Apesar de similares, o abandono e a evasão são dois cenários diferentes. O primeiro ocorre quando um estudante deixa de frequentar a instituição durante o ano letivo, não o finalizando.
Já o segundo ocorre quando um aluno chega a concluir um dos anos letivos, mas não dá continuidade em sua formação, não retornando para o ano seguinte.
O trancamento de matrícula em faculdades, cursos técnicos e outras modalidades de ensino superior também é considerado evasão escolar, por exemplo.
Neste artigo, abordaremos as causas que podem levar à interrupção dos estudos tanto ao longo do ano letivo quanto ao final dele.
Histórica e socialmente, esse tema é um dos maiores desafios e discussões da educação. Em especial, no setor público.
Quais são as principais causas da evasão escolar?
Muitos fatores ocasionam a evasão escolar. Podem ser citados a falta de interesse do próprio aluno, dificuldades de aprendizagem decorrente de patologias e fatores sociais e econômicos.
Quando o abandono ou a evasão acontecem por desinteresse do aluno, é possível encontrar a origem do problema em particularidades da própria escola.
Como a falta de preparo dos profissionais para lidar com turmas heterogêneas, o uso de metodologias inadequadas, a inabilidade para motivar os estudantes e assim por diante.
No entanto, não podemos deixar de ressaltar uma questão dentro desse debate: os alunos com condição socioeconômica mais baixas são a maioria nas estatísticas.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2019, divulgado pelo IBGE, 11,8% dos jovens de baixa renda abandonaram a escola. Esse número representa oito vezes mais que os jovens mais afortunados que não concluíram o ensino médio em 2018.
E a situação piorou com a pandemia e a necessidade do ensino online pelas redes públicas. Muitos alunos não tinham acesso às ferramentas necessárias para o cumprimento de tarefas ou para participar das aulas, como um celular ou um computador, dificultando seu envolvimento na vida escolar e o desenvolvimento das habilidades esperadas.
Segundo um outro estudo, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com o retorno às aulas presenciais, muitos estudantes que ficaram afastados dos estudos não deram continuidade ao ensino.
Esses dados podem ser atribuídos a outros fatores também, como a queda da qualidade das aulas durante o período de ensino a distância.
De forma resumida, confira alguns dos principais motivos da evasão escolar:
- Falta de apoio familiar;
- Dificuldade econômica;
- Dificuldade de aprendizado ou transtornos;
- Desmotivação ou falta de perspectiva;
- Falta de apoio aos estudantes;
- Qualidade da educação;
- Gravidez e maternidade;
- Acesso limitado.
Consequências da evasão escolar
A interrupção dos estudos traz consequências a curto e longo prazo. E não somente para os jovens, mas também para as instituições e para o próprio país.
A educação é um direito básico, previsto na Constituição Brasileira (Art.6º) e na Declaração Universal de Direitos Humanos (Art.26), que deve ser garantido aos jovens. E faz parte do desenvolvimento humano.
Um estudante, por exemplo, que não conseguiu acompanhar as aulas online durante a pandemia por limitações socioeconômicas, tem grandes chances de se sentir desmotivado com o retorno às aulas presenciais.
Não completar a educação básica leva ao despreparo profissional e pessoal, por diversos motivos. O aluno poderá encontrar dificuldades em arranjar um emprego ou até mesmo socializar de maneira simples com outras pessoas devido à sua privação.
Já para o setor educacional, a evasão escolar e abandono diminuem a qualidade esperada das instituições, avaliada e monitorada frequentemente pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Por isso, é preciso juntarmos forças e criar planos de ação para diminuirmos cada vez mais a taxa de evasão escolar.
Como reduzir a evasão escolar?
Muitas vezes os caminhos para diminuir a taxa de evasão escolar precisam partir de iniciativas públicas, entretanto para contribuir com o retorno as instituições de ensino pelos jovens, a escola, a comunidade, a família e os professores podem realizar diversas práticas benéficas para esta questão.
Aproximação da família com o ambiente escolar
Apresentar aos responsáveis os impactos e os benefícios de um aluno completar a sua educação básica pode ser um caminho assertivo. Torne essa relação mais próxima, explique a situação e mostre-se receptivo.
Podem ser realizadas reuniões gerais, conversas particulares ou até envio de notas e avisos. Algumas redes de ensino público também podem trabalhar em conjunto com assistentes sociais e o conselho tutelar para reconquistar e acompanhar a retomada dos jovens a escola.
Identificação do nível de aprendizado dos alunos
A instituição pode organizar reuniões mais periódicas entre professores, gestores e coordenadores para entender quais são os principais desafios dos estudantes. Compreender quais são os níveis de cada turma pode ajudar no desenvolvimento de estratégias e criação de aulas que capacitem de maneira efetiva os estudantes.
Interação entre alunos e professores
Aproveite a proximidade com os alunos para conseguir identificar o problema antes mesmo de ele se tornar realidade. Se perceber, que um estudante começou a faltar muitos dias seguidos ou está apresentando comportamentos divergentes do habitual, converse com ele sem pressioná-lo.
Em situações um pouco mais avançadas, você pode tentar contato com a família ou encaminhar o jovem para a psicoterapia.
Ao conquistar a confiança dos estudantes, por meio de conversas, você pode ajudar muitos jovens e crianças a não desistirem de sua educação.
Foque na qualidade das aulas e dos conteúdos
É claro que existem regras dos ensinamentos básicos em uma escola, mas você pode incluir formas de aprendizado que sejam mais atrativas para os seus alunos.
Inovar junto aos exercícios e explicações do dia a dia é uma ótima forma de prender a atenção dos estudantes e fazê-los se envolver mais com novos conhecimentos!
Se a falta de interesse pelos conteúdos abordados na escola for identificada como uma causa para o potencial abandono, apresentamos a plataforma da Khan Academy, uma forte aliada no processo de reconquista desse estudante.
Na Khan Academy toda criança tem a oportunidade de aprender de forma interativa e dinâmica. Com nossos conteúdos gratuitos, nós ajudamos no planejamento escolar e na rotina em sala de aula.
Nossos cursos são focados na aprendizagem personalizada. Os alunos praticam no próprio ritmo, solucionando primeiramente suas dificuldades de compreensão e, depois, acelerando o aprendizado.
E o melhor, nossa plataforma disponibiliza a você, professor, um relatório de toda a turma e de cada estudantes separadamente, possibilitando a identificação das lacunas de aprendizagem dos seus alunos.
Com todas essas dicas em mãos e a força de vontade de uma educação básica democrática, trabalhamos para diminuir a taxa de evasão escolar.
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